Justiça suspende decisão que afastou prefeita do cargo por improbidade administrativa no sul da Bahia

  • 17/07/2025
(Foto: Reprodução)
Monalisa foi afastada do cargo na quarta-feira (16) Redes sociais O Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu suspender os efeitos da decisão que havia afastado a prefeita de Ibicaraí do cargo. Monalisa Gonçalves Tavares (União Brasil) foi afastada da função na quarta-feira (16), após a Câmara Municipal atender uma cobrança do Ministério Público Federal (MPF), que exigia o cumprimento de uma sentença anterior. A decisão em questão condenava Monalisa por improbidade administrativa durante o primeiro mandato dela na prefeitura, em 2006. Quando o caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Corte entendeu que não havia mais o que julgar, pois o processo já estava transitado em julgado, ou seja, sem chance de recurso. Em meio a isso, a Câmara de Vereadores chegou a empossar o vice-prefeito, Jonathas Soares (Republicanos), no cargo, na manhã desta quinta (17). No entanto, uma nova decisão suspendeu os efeitos da sentença e curso para que Monalisa possa permanecer no caso enquanto o processo segue em andamento. O desembargador federal Marcus Vinicius Reis Bastos, relator do caso, argumentou que "não há evidências de que a autora [Monalisa] agiu com dolo específico ou má-fé, que existia a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado no art. 11 da Lei nº 8.429/92, ou que a conduta tenha sido praticada com o fim de obter proveito ou benefício para ou para terceiro, não bastando a voluntariedade do agente para a configuração do ato improbo". Além disso, o relator pontuou que a sentença de origem apontou "dolo genérico, quando deveria ter analisado se houve "dolo específico". "Nesse aspecto, não há como enquadrar as condutas aqui questionadas na Lei de Improbidade Administrativa, que atrai severas sanções para seus infratores, a exemplo da suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o Poder Público", ponderou. No último dia 10, Monalisa comentou o caso nas redes sociais e disse acreditar na "Justiça dos homens". "Acredito na lei, acredito que os advogados já estão trabalhando para resolver tudo, porém acredito ainda mais na justiça de Deus. Foi Deus que me colocou nesse cargo de volta, através do voto dos eleitores. Eu tenho uma missão para cumprir na minha cidade e vou cumprir". Monalisa Tavares comenta afastamento da prefeitura de Ibicaraí Também nas redes sociais, um dos advogados da ex-gestora, Jerbson Moraes, divulgou uma nota, onde afirmou que ela foi "punida com base em uma sanção que não existe mais na legislação brasileira", a Lei de Improbidade. A lei ainda existe, mas em 2021 passou por mudanças após o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar o projeto que a flexibilizava. "A Justiça não pode andar de costas para a Constituição. Manter punições de uma lei revogada é mais que erro — é injustiça institucionalizada", escreveu. Em nota enviada ao g1 após a reversão da sentença, o advogado Ricardo Martins, que também representa a defesa de Monalisa disse que recebeu com "serenidade e senso de justiça" a decisão do TRF-1. "Com isso, fica afastada qualquer possibilidade de vacância do cargo de prefeita de Ibicaraí, assegurando-se a continuidade de seu mandato", ressaltou. Movimentação na Câmara De acordo com a assessoria da Câmara Municipal, a sessão que culminou no afastamento de Monalisa contou com a presença dos 11 vereadores: Francisco Henrique (presidente), Alam Rogério (1º secretário), Demétrio Castro (2º secretário), Herbert Santana (vice-presidente), Edivaldo dos Santos, Guilherme Cardoso, Leonardo Alves, Rozenildo Malaquias, Clícia dos Santos Nascimento, Valdinei Oliveira e Alisson Carvalho. Ainda conforme a Câmara de Vereadores de Ibicaraí, o vice-prefeito Jonathas Soares (Republicanos) seria empossado como chefe do Executivo municipal nesta quinta-feira (17). Quem é Monalisa Tavares Monalisa Tavares Redes sociais Conhecida como Dra. Monalisa, a baiana é médica e tem 58 anos. Antes de ser afastada do cargo, ela foi eleita prefeita de Ibicaraí por três vezes, sendo a primeira em 2004. Monalisa também participou de eleições entre 2008 e 2016, mas não foi reeleita. Venceu novamente o pleito em 2020 e foi reeleita no ano passado. Nas últimas eleições, a baiana natural de Itabuna declarou R$ 710 mil em bens: uma casa, de R$ 500 mil, um carro, de R$ 30 mil, e um galpão, de R$ 180 mil. LEIA TAMBÉM: Saiba quem são os prefeitos de cidades baianas presos em operação contra desvios de emendas parlamentares Ex-prefeito e delegado: conheça alvo de operação que apura execução de oito pessoas na Bahia Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/07/17/julgamento-de-afastamento-de-prefeita-de-ibicarai.ghtml


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